Fundação Eugénio de Almeida recebeu subsídios ilegais em sete anos
- Fonte
- Público
- Autor
- Maria José Oliveira
- Data
- 2010.01.16
- Link
Fundação Eugénio de Almeida recebeu subsídios ilegais em sete anos
Ao longo de sete anos, governos do PS e da coligação PSD/CDS-PP financiaram ilegalmente a Fundação Eugénio de Andrade (FEA), uma instituição criada em 1992 e sedeada na casa, cedida pela Câmara do Porto, onde o poeta (1923-2005) e os seus herdeiros passaram então a residir.
De 1997 a 2004, a FEA recebeu um subsídio anual atribuído pelo Ministério da Cultura (MC), através do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB): os montantes variaram de ano para ano, sendo o valor mais baixo de 12.470 euros (em 2001) e o mais alto de 19.700 euros (em 1997). Durante sete anos a fundação recolheu 115.960 euros, sem nunca ter firmado qualquer acordo com o MC.
A decisão de realizar este "acordo de cavalheiros" partiu de Manuel Maria Carrilho, após uma visita à casa situada na Foz. Desde então, nem a passagem de diferentes titulares pelo Palácio da Ajuda nem a mudança de Governo (em 2002) alteraram a situação: depois de Carrilho, José Sasportes, Augusto Santos Silva, Pedro Roseta e Maria João Bustorff continuaram a subsidiar ilegalmente a FEA.
Contactado pelo PÚBLICO, Carrilho, embaixador na UNESCO, afirma não se recordar "ao detalhe" da "solução encontrada" para apoiar financeiramente a FEA...
... A ausência de compromisso oficial é confirmada por Isabel Pires de Lima, que chegou ao MC em 2005. Foi a partir de então, aliás, que o ministério suspendeu o subsídio e começaram as dores de cabeça da FEA. "Procurei se existia algum compromisso e não havia nada", diz a ex-ministra, que refere ainda que durante o seu mandato "não houve qualquer apoio".
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